O canto coral envolve tudo que se refere a um coro ou a uma capela, ou seja, a um conjunto de músicos vinculados ao recinto religioso da Igreja ou de um monarca. Não há um marco inicial confiável desta atividade, mas sim documentos que comprovam sua ancestralidade. Pode-se afirmar que vários destes textos antigos estabelecem uma ligação entre cerimônias de natureza espiritual, danças religiosas e o canto coral.
O Cristianismo, no século I, em Roma, converte esta expressão em Chorus, que se refere ao conjunto de pessoas que exerce o canto ou à abside – parte da Igreja construída em formato poligonal – próxima ao altar, isolada dos fiéis pela presença de uma porta de grades; é onde atualmente está localizado o órgão.
No século XII aparecem as primeiras partituras particularmente criadas para o coro. Hoje este gênero musical é largamente disseminado nas universidades, nos ambientes escolares, nas Igrejas, entidades, entre outras instituições, sem falar nas comunidades autônomas que também se dedicam ao coral.
No Brasil o coro define pequenas associações de músicos que são divididos por tipos de vozes conforme sua disposição musical, ou seja, em sopranos, contraltos e barítonos, com várias nuances entre elas. Neste canto a várias vozes diferenciam-se o Cantus-Planus, que simboliza o canto plangente, e a Música Figuralis, que mais lembra o canto executado por diversas intervenções vocais, a qual posteriormente buscará uma prática mais requintada.
A primeira modalidade foi justamente o modelo inicial que serviu de alicerce para o segundo paradigma, o qual nasceu por volta dos séculos VII e VIII, na mesma ocasião em que uma polifonia simulada se desenvolveu, inspirando-se no Choral que se firmou como Cantus Firmus.
Depois do aparecimento do Cantus Floridus e da criação do Contraponto é empreendida a primeira renovação neste gênero, no século XII, quando uma organização de três vocais leva o coral ao seu ápice, já no século XIII, especialmente na Escola Parisiense de Notre-Dame. Não tardou para que se estabelecesse a modalidade mais conhecida de quatro vozes.
Fontes:
http://www.infoescola.com/musica/canto-coral/
http://pt.wikipedia.org/wiki/Canto_coral
http://www.luteranos.com.br/101/coral/artigos4.htm
http://pt.wikipedia.org/wiki/Canto_coral
http://www.luteranos.com.br/101/coral/artigos4.htm
De onde vêm as notas musicais?
Elas se devem ao monge italiano Guido D’Arezzo, que viveu de 992 a 1050. Ele foi regente do coro da Catedral de Arezzo, na Toscana, e aproveitou a letra de um canto gregoriano, cantado pelas crianças do coral, para que São João as protegesse da rouquidão. Dessa forma, usou a primeira sílaba de cada verso para dar nome a uma nota da escala.
O processo foi útil para o aprendizado do solfejo, porque a nota inicial de cada verso correspondia a uma nota da escala musical.
Utqueant laxis
Resonare fibris
Mira gestorum
Famuli tuorum
Solve polluti
Labi reatum
Sancte Ioannes
Significado: "Para que os teus servos possam cantar as maravilhas dos Teus Atos admiráveis, absolve as faltas dos seus lábios impuros".
Com o tempo, Ut mudou para Do (provavelmente de "Dominus") para maior facilidade de solfejo, e San transformou-se em Si (de Sancte Ioannes).
As letras A a G usadas para representar as notas em cifras de violão, em geral, nos países de língua inglesa e alemã, se baseiam na ordem com que as notas aparecem nos instrumentos de teclados. A primeira tecla é um Lá = A, a segunda Si = B e assim por diante, até Sol = G.
A nossa escala de Dó a Si fica então C D E F G A B.
Fonte:
http://agapemais.blogspot.com.br/2012/02/de-onde-vem-as-notas-musicais-elesse.html
Fábio Henriques - Engenheiro Eletrônico - Gravadora Canção Nova
Podemos dizer que a Música
é a arte de combinar os sons e o silêncio. Se pararmos para perceber os sons
que estão a nossa volta, concluiremos que a música é parte integrante da nossa
vida, ela é nossa criação quando cantamos, batucamos ou ligamos um rádio ou TV.
Hoje a música se faz presente em todas as mídias, pois ela é uma linguagem de
comunicação universal, é utilizada como forma de “sensibilizar” o outro para uma
causa de terceiro, porém esta causa vai variar de acordo com a intenção de quem
a pretende, seja ela para vender um produto, ajudar o próximo, para fins
religiosos, para protestar, intensificar noticiário, etc.
Na pré-história o ser humano já produzia uma
forma de música que lhe era essencial, pois sua produção cultural constituída
de utensílios para serem utilizados no dia-a-dia, não lhe bastava, era na arte
que o ser humano encontrava campo fértil para projetar seus desejos, medos, e
outras sensações que fugiam a razão. Diferentes fontes arqueológicas, em
pinturas, gravuras e esculturas, apresentam imagens de músicos, instrumentos e
dançarinos em ação, no entanto não é conhecida a forma como esses instrumentos
musicais eram produzidos.
Das grandes civilizações do mundo antigo, foram
encontrados vestígios da existência de instrumentos musicais em diferentes
formas de documentos. Os sumérios, que tiveram o auge de sua cultura na bacia
mesopotâmia a milhares de anos antes de Cristo, utilizavam em sua liturgia,
hinos e cantos salmodiados, influenciando as culturas babilônica, caldéia, e
judaica, que mais tarde se instalaram naquela região.
A cultura egípcia, por volta de 4.000 anos a.C.,
alcançou um nível elevado de expressão musical, pois era um território que
preservava a agricultura e este costume levava às cerimônias religiosas, onde
as pessoas batiam espécies de discos e paus uns contra os outros, utilizavam
harpas, percussão, diferentes formas de flautas e também cantavam. Os
sacerdotes treinavam os coros para os rituais sagrados nos grandes templos. Era
costume militar a utilização de trompetes e tambores nas solenidades oficiais.
Na Ásia, a 3.000 a.C., a música se desenvolvia
com expressividade nas culturas chinesa e indiana. Os chineses acreditavam no
poder mágico da música, como um espelho fiel da ordem universal. A “cítara” era
o instrumento mais utilizado pelos músicos chineses, este era formado por um
conjunto de flautas e percussão. A música chinesa utilizava uma escala
pentatônica (cinco sons). Já na Índia, por volta de 800 anos a.C., a música era
considerada extremamente vital. Possuíam uma música sistematizada em tons e
semitons, e não utilizavam notas musicais, cujo sistema denominava-se “ragas”,
que permitiam o músico utilizar uma nota e exigia que omitisse outra.
A teoria musical só começou a ser elaborada no
século V a.C., na Antiguidade Clássica. São poucas as peças musicais que ainda
existem deste período, e a maioria são gregas. Na Grécia a representação
musical era feita com letras do alfabeto, formando “tetracordes” (quatro sons)
com essas letras. Foram os filósofos gregos que criaram a teoria mais elaborada
para a linguagem musical na Antiguidade. Pitágoras acreditava que a música e a
matemática formavam a chave para os segredos do mundo, que o universo cantava,
justificando a importância da música na dança, na tragédia e nos cultos gregos.
É de conhecimento histórico que os romanos se
apropriaram da maioria das teorias e técnicas artísticas gregas e no âmbito da
música não é diferente, mas nos deixaram de herança um instrumento denominado
“trompete reto”, que eles chamavam de “tuba”. O uso do “hydraulis”, o primeiro
órgão cujos tubos eram pressionado pela água, era frequente.
Hoje é possível dividir a história da música em
períodos específicos, principalmente quando pretendemos abordar a história da
música ocidental, porém é preciso ficar claro que este processo de fragmentação
da história não é tão simples, pois a passagem de um período para o outro é
gradual, lento e com sobreposição. Por volta do século V, a igreja católica
começava a dominar a Europa, investindo nas “Cruzadas Santas” e outras
providências, que mais tarde veio denominar de “Idade das Trevas” (primeiro
período da Idade Média) esse seu período de poder.
Os compositores escreviam madrigais em sua
própria língua, em vez de usar o latim. O madrigal é para ser cantado por duas,
três ou quatro pessoas. Um dos maiores compositores de madrigal elisabetano foi
Thomas Weelkes.
Após a música renascentista, no século XVII,
surgiu a “Música Barroca” e teve seu esplendor por todo o século XVIII. Era uma
música de conteúdo dramático e muito elaborado. Neste período estava surgindo a
ópera musical. Na França os principais compositores de ópera eram Lully, que
trabalhava para Luis XIV, e Rameau. Na Itália, o compositor “Antonio Vivaldi”
chega ao auge com suas obras barrocas, e na Inglaterra, “Haëndel” compõe vários
gêneros de música, se dedicando ainda aos “oratórios” com brilhantismo. Na
Alemanha, “Johann Sebastian Bach” torna-se o maior representante da música
barroca.
A “Música Clássica” é o estilo posterior ao
Barroco. O termo “clássico” deriva do latim “classicus”, que significa cidadão
da mais alta classe. Este período da música é marcado pelas composições de
Haydn, Mozart e Beethoven (em suas composições iniciais). Neste momento surgem
diversas novidades, como a orquestra que toma forma e começa a ser valorizada.
As composições para instrumentos, pela primeira vez na história da música,
passam a ser mais importantes que as compostas para canto, surgindo a “música
para piano”. A “Sonata”, que vem do verbo sonare (soar) é uma obra em diversos
movimentos para um ou dois instrumentos. A “Sinfonia” significa soar em
conjunto, uma espécie de sonata para orquestra. A sinfonia clássica é dividida
em movimentos. Os músicos que aperfeiçoaram e enriqueceram a sinfonia clássica
foram Haydn e Mozart. O “Concerto” é outra forma de composição surgida no
período clássico, ele apresenta uma espécie de luta entre o solo instrumental e
a orquestra. No período Clássico da música, os maiores compositores de Óperas
foram Gluck e Mozart.
Enquanto os compositores clássicos buscavam um
equilíbrio entre a estrutura formal e a expressividade, os compositores do
“Romantismo” pretendem maior liberdade da estrutura da forma e de concepção
musical, valorizando a intensidade e o vigor da emoção, revelando os
pensamentos e sentimentos mais profundos. É neste período que a emoção humana é
demonstrada de forma extrema. O Romantismo inicia pela figura de Beethoven e
passa por compositores como Chopin, Schumann, Wagner, Verdi, Tchaikovsky, R.
Strauss, entre outros. O romantismo rendeu frutos na música, como o
“Nacionalismo” musical, estilo pelo qual os compositores buscavam expressar de
diversas maneiras os sentimentos de seu povo, estudando a cultura popular de
seu país e aproveitando música folclórica em suas composições. A valsa do
estilo vienense de Johann Strauss é um típico exemplo da música nacionalista.
O século XX é marcado por uma série de novas
tendências e técnicas musicais, no entanto torna-se imprudente rotular criações
que ainda encontra-se em curso. Porém algumas tendências e técnicas importantes
já se estabeleceram no decorrer do século XX. São elas: Impressionismo,
Nacionalismo do século XX, Influências jazzísticas, Politonalidade,
Atonalidade, Expressionismo, Pontilhismo, Serialismo, Neoclassicismo,
Microtonalidade, Música concreta, Música eletrônica, Serialismo total, e Música
Aleatória. Isto sem contar na especificidade de cada cultura. Há também os
músicos que criaram um estilo característico e pessoal, não se inserindo em
classificações ou rótulos, restando-lhes apenas o adicional “tradicionalista”.
Fontes:
BENNETT, Roy. Uma breve história da música.Rio de Janeiro: Zahar, 1986.
COLL, César, TEBEROSKY, Ana. Aprendendo Arte. São Paulo: Ática, 2000.
COLL, César, TEBEROSKY, Ana. Aprendendo Arte. São Paulo: Ática, 2000.
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